Como é se apaixonar Lucas Marçal e Pietra Couto, 6’, UFPE

Sinopse

Um casal de jovens negros estão atrasados para um encontro no centro do Recife. Depois de uma corrida ritmada e agitada eles se encontram e são levados pela magia da cidade e suas histórias, e assim descobrem como é se apaixonar.

Contato

lucasmarcalbezerra@gmail.com

FICHA TÉCNICA

Direção: Lucas Marçal e Pietra Couto

Produção: Lucas Marçal e Pietra Couto

Roteiro: Lucas Marçal e Pietra Couto

Fotografia: Lucas Marçal

Direção de Arte: Lucas Marçal e Pietra Couto

Som: Lucas Marçal

Montagem: Lucas Marçal

Crítica

Antes das imagens e sons adentrarem na tela de projeção, letras surgem em nossa direção e explanam, ‘’O amor, por mais que me tivesse sido negado de várias formas, era um direito.’’. Após essa introdução, dois personagens percorrem as ruas de Recife em busca de apenas um objetivo, firmar aquele afeto, aquele afeto que vive sendo negado quando falamos de amor preto. Durante 6 minutos, somos transportados para um campo íntimo que não dialoga com marcas no corpo ou um melodrama moderno, são apenas dois personagens desfrutando das ruas de Recife, são dois personagens apaixonados.

Ao percorrer dos segundos, não existe um conflito que irá iniciar um gatilho na história e fechará com um clímax exagero. Como é Se Apaixonar, dirigido por Lucas Marçal e Pietra Couto, está mais preocupado com os sinais sutis da cegueira amorosa. A obra é contemplativa em diversos momentos, as escolhas por filmar em lugares referências de Recife cria um conjunto interessante com os personagens, porque os dois aparentam turistas, como na própria relação inicial deles.

A resistência pelo amor preto floresce dos minutos que passam, como se fossemos cupidos daquela relação. Enquanto dramas hollywoodianos necessitam expressar a agressividade e estigmas em projetos que tratam sobre o amor preto, em Recife, eles só precisam se olhar para exibir suas essências espirituais.

De repente, os toques dos protagonistas tornam-se rotineiros e o amor finalmente é consolidado. Enquanto a câmera fica fixa em um local, os dois se distanciam daquele objeto que pode trazer tanto ódio, como amor para eles. A verdadeira história deles ainda vai acontecer, e uma câmera não vai conseguir absorver a precisão daquelas locomoções de afeto.

Wandryu Figueredo