MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL
Observando as diferentes mudanças que ocorrem em um território, essa sessão propõe um mergulho que se acende a cada andar, a cada partida e a cada retorno. Evidenciando a presença de corpos que se espalham: sejam eles cinzas ou carne. O calor, agente transformador, que orienta os momentos que evaporam, aquecem e também aglutinam.
Observando as diferentes mudanças que ocorrem em um território, essa sessão propõe um mergulho que se acende a cada andar, a cada partida e a cada retorno. Evidenciando a presença de corpos que se espalham: sejam eles cinzas ou carne. O calor, agente transformador, que orienta os momentos que evaporam, aquecem e também aglutinam.
Paola Ziel Karapotó, 16’, UFPE
Paola e Ziel cresceram no território indígena Karapotó, no interior de Alagoas, porém em suas juventudes acabaram seguindo caminhos diferentes. O filme é um reencontro na cidade de Recife, em um ritual de cura e afeto, revivendo laços de amizades.
Suíte Cachoeirana Luan Santos, 6’, UFRB
Um herói Cachoeirano embarca numa jornada para resgatar sua fantasia e poder participar da emblemática Festa D'Ajuda.
Concha de Água Doce Lau Azevedo e João Pires, 11’, PUCRS
Após anos vivendo na capital, Ariel retorna à sua cidade natal no litoral com uma nova identidade de gênero, tendo que lidar com todos os sentimentos que ficaram internalizados durante essa ausência ao mesmo tempo em que reencontra sua irmã mais nova, Ana.
Minha Primeira Memória Lara Salsa, 8’, UNIAESO
Minha Primeira Memória é uma animação surrealista que retrata a visão da autora Lara Mendes Salsa em relação a sua primeira memória.
Nur é luz em árabe. Fotografia é a escrita com luz. Fotos antigas em baixa resolução e rostos borrados de primos distantes, são ferramentas para traçar uma narrativa dos povos árabes no Brasil. Tudo isso, assim como a luz se apresenta muitas vezes sem nitidez e de maneira opaca, espelhando a memória e suas marcas do tempo. Entende-se que o mundo árabe constitui mais de 22 países e muitas etnias. A peça não busca aglutinar todas essas histórias em um enredo, mas sim a confusão e marcas desses encontros no Brasil.
Crescer Onde Nasce o Sol Xulia Doxágui , 12’, UNIAESO
No Alto do Sol Nascente não há uma praça ou parque sequer. Daffnny desafia sua sobrinha Hyally a demarcar com as próprias mãos, os territórios do brincar.
Amor é definido nos melhores dicionários como sentimento intenso, capaz de levar ao limite, sujeito ao sacrifício. Amar é ato de muitos arcos, aqui você está convidado a sentir algumas das facetas que esse querido (mas também perigoso) sentimento pode proporcionar, mas não precisa ter cautela, porque por um triz a vida passa sem perceber.
Cenas Da Infância Kimberly Palermo, 5’, UFF
Um pequeno camundongo vive uma infância tranquila. Ele come biscoitos caseiros, brinca com suas bonecas e ouve contos de fadas antes de dormir - até que uma noite de insônia o faz romper com seu mundo idílico.
No Caminho de Casa Hugo Lima, 10’, AIC
É comum ver personagens pretos do sexo masculino serem retratados em situações de indignidade, subalternidade e ou nos extremos de suas emoções, delegados a violência e brutalidade. No Caminho de Casa propõe uma realidade pouco explorada: a Real, o cotidiano banal. 3 homens pretos, de gerações diferentes que interagem entre si com respeito, afeto e amor. Num mundo onde é vetado o amor entre homens pretos, amar e cuidar são declarações de guerra.
Como é se apaixonar Lucas Marçal e Pietra Couto, 6’, UFPE
Um casal de jovens negros estão atrasados para um encontro no centro do Recife. Depois de uma corrida ritmada e agitada eles se encontram e são levados pela magia da cidade e suas histórias, e assim descobrem como é se apaixonar.
Procura-se Bixas Pretas Vinícius Eliziario, 25’, UFBA
Durante a audição de um teste de elenco, os concorrentes realizam um monólogo em que contam as vivências sobre afeto e identidade de duas personagens.
Contudo, a cena entregue sobre Darnley e Tigrezza, se entrelaçam com suas próprias vivências criando uma linha tênue entre ficção e realidade.
Noite passada sonhamos com o local onde o passado, o amor e o delírio um dia se estabeleceram. Aquele lugar que abriga todos os bons anseios que você venha a ter. Você pode ir, mas sabe que vai ser puxado de volta, e que mal tem? Querendo sentir-se confortável, é lá que você deve estar.
Na Estrada Sem Fim Há Lampejos de Esplendor Liv Costa e Sunny Maia, 11’, Vila Das Artes
Uma vez, elu disse: quando fui embora de mim, adeus era tudo o que tinha para dizer. Nessa viagem, talvez não exista uma chegada. Só um caminho infinito.
Estática Gabriela Queiroz, 12’, AIC
Uma solitária recepcionista acorda do seu cochilo pós-almoço com o corpo absurdamente carregado de estática. Ela precisa se livrar de toda essa energia antes que frite de vez os eletrônicos do escritório e, para isso, apela para o medroso cara da limpeza.
Doce Mar Pedro Lopes, 11’, FACHA
Alberto faz um experimento que acredita mudar o mundo, mas ao esbarrar com seu amigo de infância, as coisas saem do seu controle.
Cabiluda aColleto, Dera Santos, 20’, UNIAESO
Dimitri está vivendo o começo de um romance quando as coisas começam a fugir de seu controle. A sensação de que algo está lhe perseguindo só faz crescer, mas a vontade de viver aquele romance é maior. Nunca antes os pelos femininos foram tão aterrorizantes.
E agora, José? Morreu na contramão atrapalhando o trânsito… criando umas 3 horas de engarrafamento! Da Agamenon Magalhães - na medição do tacaruna - até bem depois do pina. A cidade toda parada, pois José morreu na contramão atrapalhando o trânsito!
Madeira de Lei Kalor, 10’, UNINASSAU
Para se proteger do novo coronavírus é importante se confinar e limpar a casa constantemente, realidade já bem comum à boa parte das donas de casa e empregadas domésticas brasileiras. Esse é um relato audiovisual em primeira pessoa feito pelo diretora-performer Kalor, também roteirista do filme e cria de @acasadedonarlinda em que pulsa a história que se espraia por todo o Brasil
Tô Esperando Você Voltar Marina Lavarini, 7’, AIC
Jaci, migrante interna residindo em São Paulo, reflete sobre suas escolhas e sobre o que deixou para trás quando sua rotina é interrompida por mensagens de áudio.
Fantasma Neon Leonardo Martinelli, 20’, PUC
Um entregador de aplicativo sonha em ter uma moto. Disseram a ele que tudo seria como um filme musical.
PUBA Bruno Bressam; Esther Arruda; Isaac Branco; Leão Neto, 13’, UNIFOR
Diante de secas devastadoras e de uma população retirante, Puba sobrevive como um território acolhedor para o universo de vidas que abriga.
Zé Onça, Relatos de Uma Memória Túlio de Melo , 17’, UFT
Zé onça, relatos de uma memória é um documentário de curta-metragem de caráter biográfico. O filme que conta a história de um personagem chamado Zé onça, um pescador. O doc-biográfico busca reconstruir a vida do personagem a partir dos relatos da sua história em seus momentos de pescarias. A história de Zé onça representa uma das características culturais e populares das pessoas do antigo Norte goiano, hoje, atual Estado do Tocantins. O documentário traça um perfil particular do seu povo através da simplicidade, da dificuldade do passado e o modo de vida de seus populares.
O Cinema tem uma magia que envolve quem assiste e quem faz filmes. É uma adrenalina viciante, difícil de explicar, o prazer de montar o jogo proposto no roteiro, lutar contra os orçamentos cada vez mais baixos e voltar da caverna trazendo uma obra nas mãos. É o encontro entre sagrado e profano… são jovens bêbados dançando “Cordeiro de Nanã” em um fim de noite de um barzinho de Cachoeira.
Mondo Cacho Matheus Leone, 19’, UFRB
Relatos de dois ex-estudantes do curso de Cinema e Audiovisual sobre suas vidas na cidade de Cachoeira, Bahia, onde está localizado o Centro de Artes, Humanidades e Letras – CAHL da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB, e os conflitos gerados com os moradores mais antigos da cidade por conta da migração dos estudantes para lá.
Retalhos Clara Coelho e Thales Seixas, 23’, UFPE
Retalhos é um documentário sobre figurino no cinema pernambucano que acompanha o relato de três figurinistas: Paulo Ricardo, Caroline Oliveira e Rayanne Layssa. A partir de uma auto-descrição dos figurinistas sobre suas histórias, processos, contextos e entendimentos, o curta constrói uma performance narrativa a fim de sintetizar e experimentar as informações e os processos. Relato e performance se costuram em uma linguagem a fim de explorar: O que é figurino? O que é fazer figurino em Pernambuco?
Assustadora Letícia Maier, 6’, PUCRS
Com a participação especial de duas realizadoras audiovisuais e uma pesquisadora de terror, Assustadora se trata de uma conversa arrepiante sobre o papel feminino nos filmes do gênero, das suas origens até a atualidade.
AMÉLIA EM TRANSE B.N.L. e Thaís Melo, 15’, UFJF
No último dia de filmagens, um diretor excêntrico precisa lidar com personalidades extremamente distintas para que sua visão artística se concretize. Mas, com um cenário desses, o que pode dar errado, não é mesmo?
Os filmes podem não resolver nada, mas as memórias da “Pátria”, registradas e montadas lado a lado, convidam a pulguinha a montar dúvida atrás da sua orelha. Ela nos inquieta, nos traz o desejo do movimento em direção à mudança. Ao criar experiências estéticas, aprendemos a usar o cinema como arma e não apenas como arquivos históricos. Construir essa sessão às vésperas da vitória de Lula é uma carta de amor ao cinema, como também cartas cinematográficas para brasileires. O cinema nacional pode muito, de infinitas maneiras.
O medo é um efeito colateral Alexandre Alves, 11’,UNIAESO
João é vacinado contra a covid-19. Ao chegar em casa, percebe que os únicos efeitos colaterais são o medo e a paranoia induzidos pelo consumo de notícias falsas.
Sintomático Marina Pessato, 4’, PUCRS
A opressão é herdada?
Como respirar fora d'água Victoria Negreiros, Júlia Fávero, 16’, USP
Na volta de um dos seus treinos de natação, Janaína é enquadrada por policiais. Já em casa e livre de perigo, ela enfrenta a relação com seu pai, também policial militar, com outros olhos.
Pátria Liv Costa e Sunny Maia, 8’, Vila das Artes
Em uma fita VHS são narrados pensamentos sobre Pátria, nacionalismo e poder.
Um Documentário Brasileiro Giovanni Saluotto e Isabella Ricchiero, 25’, Unicamp
O que pode o cinema pelo Brasil? Estudantes de cinema buscam o propósito de se produzir documentários, questionando o poder das imagens na construção de um imaginário nacional, a dialética entre representação e realidade, e a ética por trás de imagens difundidas amplamente pelas redes. O objeto dessa pesquisa são as representações de manifestações de rua no país.
O Passado ainda é a roupa que cabemos, pelo menos por enquanto.
Vida dentro de um melão Helena Frade, 18’,UFJF
Uma garota filma o seu redor. Fantasiada de bicho, o desconhecido te assopra quando o coração quer voar.
O Céu de Lá Bernardo Tavares Rosa, 24’, PUC
Sobre a casa de Maria e Luiza, em Duque de Caxias, passam aviões. Todo dia, o lugar estremece com o barulho do céu. As duas moram no lugar há cinquenta anos, mas suas histórias não começaram ali.
Outras maneiras Malu Ramos, 5’, UFPB
Quando descobri que a fotografia sempre foi muito mais do que um registro do cotidiano.
Elos da Matriarca Thor de Moraes Neukranz, 19’, UFPE
Luzinete vive na periferia do Recife, a matriarca encara a vida com afeto e bom humor. Além dos arquivos de 1995 e 2005, novas filmagens de 2020 completam Elos da Matriarca. Com a pandemia, Luzinete e sua amiga Ana desdenham dos riscos. A impensada infecção acontece e tudo muda.
Há quem se abaixe e fique bem agachadinho para colocar seu ouvido perto da terra. Esse gesto permite ouvir todos os sons que aparentam sair do chão, mas que facilmente poderiam ecoar de dentro de uma barriga ou na trilha de um sonho. Há quem entenda que ouvir é sobre o grunhir das montanhas, do vento que roça na pedra, e que esses movimentos propagam os contos mais profundos e, até mesmo intraduzíveis. A língua seria assim, um mistério, que tacitamente se tornou fronteira, mas que dentro desta mesma falácia se põe a desfalecer.
Ouço Você Falando Essas Mesmas Palavras Amanda Poça da Poça, 12’,UFOPA
Uma casa-coração, um quintal-vida e o parto, ela transita em sua própria psique em busca do indivisível: a liberdade de escolha. Este ensaio fabulado é uma jornada introspectiva inspirada em Jurema, uma mulher nortista da região do Salgado ligada ao místico e ao religioso construindo futuros através do realismo mágico, dialogando com Bell Hooks em "Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade".
Paraquedas Meujaela Gonzaga, 7’, UFSB
Um mergulho de retorno as águas escuras e profundas dos modos de existência dos antigos. Voinha Ilza e sua neta buscam quebrar a linearidade do tempo, reiniciando a experiencia na terra. Se perguntando de que forma confeccionar os para-quedas coloridos dos quais Ailton Krenak se refere em sua obra Ideias para Adiar o Fim do Mundo.
Onde a fé tem nos levado Neto Astério, 18’, UFS
Trilhando passos pela cidade dormitório mais antiga do Brasil, Rilda é a andarilha da ilusão. Em preces e passos, sua fé desperta força para seguir a vida. Bel, Duro e Rapá compartilham o teto mas solitariamente procuram entender o lugar que ocupam no mundo.
NONADA Luiz Apolinário, 25’, UFPE
Dois corpos nonada; carregando nada além de, cada um, seu colar de madrepérola.