Jatra Biroti

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FICHA TÉCNICA

Direção: Emon Bin Anwar

Roteiro: Ishtiyak Ahmed Zihad

Produção: Emon Bin Anwar

Crítica

Jatra Biroti, obra produzida no Bangladesh, através do olhar do diretor, Emon Bin Anwar, conta a história de três garotos naquela pequena cidade e seus afazeres diários, como o trabalho. Na cena inicial, os meninos brincam na chuva, como se não existissem preocupações naquele contexto. A chuva bate, a terra torna-se mais pegajosa, contudo, isso não interfere em nada, suas articulações estão mais voltadas para um aproveitamento, do que uma preocupação com o que toca em suas faces.

Inteligentemente, Biroti reproduz um cinema com várias situações cotidianas do seu país, mas que após passarem pelo registro da câmera, ela toma outro aspecto de realidade e força semântica. Os personagens praticamente são distorcidos diante daquela arquitetura que invade o ambiente da Bangladesh, enquanto seus olhares são de inocência e ainda uma certa imaturidade, os prédios e suas cerâmicas oprimem suas expressões espontâneas que foram criadas entre aqueles meninos.

De maneira implícita, o diretor deixa coerente sua articulação cinematográfica com a temática que foi abordada durante poucos minutos. Diante daquele caos ‘’habitual’’, sabemos quem realmente são os pássaros ou a própria figuração do elevador. Aqueles meninos vivem em uma prisão que está longe de ser parecida com um elevador, porque dentro daquele contexto, eles já nasceram para servir. Porém, o filme deixa um espaço para um vigente caminho. Da forma que ele, o diretor, pegou a câmera para registrar aquela ficção que envolve uma realidade, os garotos podem pegar seus braços e produzirem movimentos de voo.

Wandryu Figueredo