Suíte Cachoeirana Luan Santos, 6’, UFRB
Sinopse
Um herói Cachoeirano embarca numa jornada para resgatar sua fantasia e poder participar da emblemática Festa D’Ajuda.
Contato
luansferreira6@gmail.com
FICHA TÉCNICA
Suíte Cachoeirana
Direção: Luan Santos
Produção: Luciano Maciel
Roteiro: Coletivo
Fotografia: Gabriel Amaranttes e Luan Santos
Direção de Arte: Pedro Rodrigues
Som: Leonardo Chetto
Montagem: Leonardo Chetto, Luan Santos e Vinicius de Queiroz
Trilha Sonora: Mil Vinny’s e Minerva Cachoeirana
Crítica
Ao adentrarmos na Minerva Cachoeirana, logo ao início do filme, em conjunto com nosso protagonista sem nome, já somos direcionados, física e simbolicamente, ao domínio de som que “Suíte Cachoeirana”, dirigido por Luan Santos, propõe em seu título, seus recursos e em seu ritmo.
O que vemos se desenrolar em tela com profunda criatividade, diga-se não só de passagem, parece ser inspirado de alguma forma por jogos digitais: sua música sempre presente, sua direção de arte que entrega figurinos e objetos de cenas com carisma particular e sua estrutura de jornada parte brincante, parte aventuresca da personagem acompanhada. Essa aventura, aliás, possui belos cenários no Recôncavo da Bahia e utiliza os símbolos carnavalescos e de religiões de matriz afro para compor seu mundo com falas sonoras e que possui uma fotografia que usa pouco para ser eficiente, por vezes com cores avermelhadas, com uma boa sensação de “filme queimado”, que faz a mente viajar em um estado de alegria, pelos sentidos tomados pela obra, e de nostalgia, por alguma reminiscência do suporte de filmes em película que ainda possa restar no coletivo das mentes.
É brincante em seus recursos também por não só usar cores vistas em películas, mas bem como pelo uso de efeitos visuais que nasceram com o cinema em sua origem tão, tão europeia – aqui melhor trajada de Bahia – em suas trucagens com troca de figurino e surgimento/desaparecimento de objetos, além de recursos próprios da montagem, como na escada quase infinita que o protagonista vence e recebe a merecida benção no topo. Já que brinca, o carnaval fecha a obra em seu ritmo de crescendo musical que, sim, está no coletivo de mentes, deixando um gosto bom nos olhos, soando bem à boca e perfumando a audição.
Crítica por Raphael Prestes