The Seine’s tears

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Direção: Yanis Belaid, Eliott Benard, Nicolas Mayeur, Etienne Moulin, Hadrien Pinot, Lisa Vicente, Philippine Singer, Alice Letailleur

Roteiro: Yanis Belaid, Eliott Benard

Produção: Carlos De Carvalho

Música: Ibrahim Maalouf, Pierre-Antoine Naline, Luis Galceran

Design de Som: Lisa Vicente

Com o uso da técnica de animação quadro a quadro, Stop-motion, para retratar um fato histórico, o curta-metragem francês, The Seine’s Tears, surpreende pela técnica e narrativa envolvente, mas pode ofender ao transformar um massacre em festa.

Ao contar pela ótica de um personagem com a câmera na mão, o massacre aos argelinos, na frança de 1961, pelas forças policiais, com toda a interação dos demais participantes, o filme convence pela direção, com todos os movimentos de câmera, fiéis a cenografia documental e amadora e pela dinâmica existente na sucessão dos acontecimentos, complementados pela trilha sonora a base de Jazz que encaixa perfeitamente na história.

O filme se utiliza de diversos artifícios que funcionam, como transparecer a própria materialidade da obra, que serve a narrativa, assim como, também, ao brincar com a questão do tempo real, porém, se torna problemático ao transformar em espetáculo o banho de sangue, onde o caos vira festa e o desespero alegria.

André Assis